vendredi 4 avril 2008

Le soir

Devia arranjar uma cronologia dos presidentes da República Francesa, vi no outro dia que uma estrangeira tinha uma. Seria muito útil para Vie politique et société française.
Ontem decidi aproveitar o fim de tarde. Estava sol. Saí do teste de Europeus, apanhei o metro e depois o RER até ao Musée d'Orsay, que há muito andava para visitar. Não me apetecia ir para casa e o d'Orsay é gratuito às quintas-feiras a partir das 18h para estudantes. Adoro os dias compridos do horário de Verão. Sair do metro mesmo à beira do Sena com tanta luz, as Tuileries do outro lado... Renovava os meus votos de amor a esta cidade.
Fiz tempo até às 18h deambulando pela zona, até ao boulevard St. Germain. Constatei que a rue de Lille parece o sítio ideal para uma cena bem romântica.
O museu. Grande, a galeria central cheia de luz. Visitei todo o rés-do-chão, sempre descobrindo novos recantos com obras expostas. Andei por lá umas duas horas. Às tantas já eram quadros a mais, a cabeça doia-me, pensei em ir para casa. Saí. Verifiquei então que não queria ir para casa, apenas desejava o ar livre, aqueles tons de Verão demasiado aprazíveis. Gosto destes programas a dois, eu e a cidade, sobretudo quando esta acaba de ser agraciada com um pôr-do-sol limpinho. Caminho. Vou até à rue de Rivoli, decidira jantar no McDo, mesmo ao lado do Louvre. Um senhor simpático dá-me o resto dos seus guardanapos.
Continuo o meu passeio. As ruas prendem-me. Passo pela Comédie-Française, ao fundo da avenida está o sempre imponente Palais Garnier. Place du Palais-Royal. Continuando acabo por chegar à place du Châtelet, que, com os seus dois teatros, a coluna ao centro, a sua luz, não deixa adivinhar o horror escondido no seu subsolo. Continuo até à Île de la Cité, onde apanho o metro. Apetece-me fazer um caminho diferente para casa. Penso sair em Saint-Sulpice ("Où faut-il vous porter, cousine?" "À Saint-Sulpice!"), mas desisto da ideia, àquela hora não devo conseguir apreciar como desejo. Porte d'Orléans, o outro lado da linha 4. Apanho o tram até Cité Universitaire. Estou quase a chegar a casa quando me cruzo com um grupo de residentes. Convidam-me para ir com eles "beber uma cerveja". Fomos até Bastille, outros se nos juntaram depois.
Regressámos. Depois fiquei à conversa com N. até às 4h.
Talvez uma cronologia dos presidentes da República Francesa não fosse má ideia.

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