samedi 31 mai 2008

En vacances.

Acho mesmo piada à iniciativa dos Free Hugs. Quando vejo um grupo desses, não resisto a ir lá e dar uns quantos abraços. Tem qualquer coisa de bonito. Foi o que aconteceu na passada quarta-feira na avenue des Champs-Elysées ao final da tarde, onde a luz e a temperatura a tornavam o cenário mais agradável para um pequeno passeio com M. depois do jantar.
E S.? Questão pertinente. Surpreende-me. Por se prestar a uma série de comportamentos que me deixam baralhado, coisas que normalmente seriam desnecessárias ou sem muito sentido. Revela-se muito cúmplice, mesmo que tenhamos estado poucas vezes juntos. Um dia destes bate-me à porta...

Um certa atmosfera de fim começa a instalar-se. Na quinta-feira, acabaram as aulas e devido ao cours de rattrapage de M. Houte deixei uma Clignancourt vazia ao final do dia. C. dramatizava, por ser a última aula do Houte (quem ela ainda tentou aplaudir, sem grande sucesso), por ser a última aula deles em Clignancourt (para o ano passam para a "belle Sorbonne"). Vou ter saudades deles... de C., de T., de N. e até de C., que descobri morar em Montparnasse.
Nesse mesmo dia visitei o Mémorial de la Shoah com L. em Le Marais. É impressionante, um trabalho gigantesco que nos deixou aos dois bastante perturbados. Como já era tarde quando saímos, fomos experimentar as verdadeiramente gigantes gallettes do Au P'tit Grec na rue Mouffetard.
Chegado a casa, há uma festa de despedida. De R., uma portuguesa do primeiro andar com quem nos últimos tempos me estava a dar muito bem. Apercebo-me de que a casa vive centrada no segundo e terceiro andares, mas que há mais para além disso, como o grupo perfeitamente coeso do primeiro. Fiquei mesmo com pena de não ter conhecido R. melhor... Segundo ela, trataremos disso uma vez em Portugal.
E S.? "Je n'en sais rien."
Por agora, "voyons, Manon, plus de chimères": estudemos para os exames.

mercredi 28 mai 2008

Adieu, la Géo

Terminei os exames de Geografia!
Agora faltam os de História. (E amanhã um teste de Análise do Mundo Contemporâneo, para o qual, como imaginam, não me apetece estudar.)

mardi 27 mai 2008

Grrr!

Porque é que não pára de chover???

lundi 26 mai 2008

Tous les trois voyageurs

Ainda não estou refeito. De ter sabido que vocês os três me vão abandonar para o ano. Por outro lado estou feliz por sabê-lo, sobretudo pelas meninas que vêm para aqui, para este cantinho chamado Paris.
Anseio pela temporadazinha na Costa Nova, por uns diazinhos só nossos.

Les serments ont des ailes

Fim-de-semana da Fête de la Cité. Grande fim-de-semana, complementado com actividades por iniciativa própria.
Há por aqui quem diga que eu devia ter um blog. Dizem que o meu blog seria o melhor, que eu faço uma reflexões "muito à frente" ou coisa parecida. Mas o que esperariam de um tal blog? Que nele dissesse que tenho adorado os momentos com S. (que cada vez se tornam mais cúmplices), que cada vez gosto mais de estar com L. (tornando-se as visitas de paleio algo frequente), que não compreendo o comportamento de N. ou que o meu ex-stalker se revela surpreendente e extremamente agradável?

(Já vos disse que vou ver o Don Carlo à Opéra Bastille?)

mardi 20 mai 2008

le plus souvent la nuit

Estávamos nuns degraus do Louvre a satisfazermo-nos com grecs. Estava frio e era Domingo à noite. Quando J. disse: "Tu gostas de personagens efémeras."

dimanche 18 mai 2008

Soirée du 17 mai

Foi uma soirée charmante com a Cécile, totalmente falada em francês. D'abord jantar no japonais, ensuite ida à Cité Nationale de l'Histoire de l'Immigration.
Chego à Maison, um grupo prepara-se para ir a uma das várias festas que há pela Cité, decido juntar-me. A ideia inicial era ir à da Fondation Argentine, mas dizem estar cheia, ainda por cima a 7 euros. Enquanto estamos sentados à porta da Fondation Biermans-Lapôtre (Bélgica) em indecisões, aproxima-se um mec que nos anuncia entrada gratuita na Fondation Suisse. Allons-y!
Nem sempre a música era da melhor. A dada altura, a Miúda-do-fundo-do-corredor pega-me na mão, subimos para um banco. Somos seguidos pouco depois por C. (lembram-se? a do saco de compras? sim, está cá de visita) e o meu ex-stalker. Ahah, pusemos aquilo tudo a mexer!
Agora estou à espera da pequena S. e de mais alguém (que foram à Fondation Argentine) para comer qualquer coisa.
(Sim, eu sei, tenho um pequeno teste e um exame esta semana.)

samedi 17 mai 2008

Retour à la pluie

O tempo mudou, voltou ao normal. Quarta-feira a tarde passeava pela Cité com a pequena S. quando fomos surpreendidos por uma chuvada daquelas. Chegámos a casa com as roupas coladas ao corpo e literalmente a pingar. Banho com eles, chinelos desfeitos.
Ontem o dia também esteve escurinho. Ao final da tarde bate-me A. à porta. Meia hora depois é a vez da Miúda-do-fundo-do-corredor acompanhada de D. fazer o mesmo. Para ir jantar fora. Restaurante italiano na zona da Place de Clichy.
Regresso a casa com S., A., M., G., o meu ex-stalker e duas visitas. Passagem pela festa privada do Collège Franco-Britannique, onde estavam M. E., R. e outros residentes da Maison. Deu para nos divertirmos, apesar de ter acabado cedo.
Acabei na rua a cantar com S. debaixo de chuva, intercalando as canções e os gritos com lamentos de S. relativamente a D.
Já estou um bocadinho farto das Resistências alemãs durante o Terceiro Reich.
Hoje vou jantar e à Nuit des Musées com a Cécile.

lundi 12 mai 2008

Mémorial de la Déportation

Sim, fui lá hoje, depois de ter ido às La Fayette. Achei que merecia um post só para ele. Queria visitar qualquer coisa e como já andava para lá ir, hoje decidi-me a descobri-lo. Lá o encontrei, no fim da Ile de la Cité.
É um pequeno retiro, de paredes altas e passagens estreitas.
Deixo aqui a inscrição existente no interior por cima da porta: "Pardonne, n'oublie pas." ["Perdoa, não esqueças."]

Lundi de Pentecôte

Estou a ouvir um disco de electro-pop. Ficou-me o bichinho desde a noite de quinta no Rex. Como diz S., nós fizemos a festa toda.
Deixei o trabalho quase terminado quando fui almoçar pela quarta vez consecutiva com S. à grande pelouse da Cité. Regresso, termino-o. Fim. Vichy e os judeus estão já arrumados dentro daquelas páginas. É hora de me oferecer o cadeau que já gostaria de me ter oferecido ontem: sair.
Vou até Saint-Lazare. Entro e saio de lojas e galerias comerciais. É nas La Fayette que compro uma gravação de Alcina (Handel) com Fleming, Graham e Dessay e o disco em audição.
Soube-me bem andar pelas ruas cheias de sol, de chinelo e óculos de sol. Foram dias a fio deitado em relvados a ler livros com títulos do género Les Juifs pendant l'Occupation e Les lois de Vichy.
Não sei se o trabalho está maravilhoso, mas estou feliz com o resultado. Compensou.
(Agora toca a pensar na Martinica para quinta-feira!)

jeudi 8 mai 2008

C'est bizarre...!

Quando na Gare du Nord um falante de inglês me faz perguntas sobre a direcção a tomar eu respondo em francês??

Armistice (1945)

Ontem, depois de um pequeno passeio à beira do Sena entre Concorde e Châtelet, a minha soirée acabou por se transformar num pequeno episódio dos Morangos com Açúcar.
Hoje é feriado por causa do final da Segunda Guerra Mundial, o primeiro de cinco dias de fim-de-semana. O rádio que me acordou anunciou que a região de Ile-de-France será assolada por 27º C. durante a tarde.

mercredi 7 mai 2008

On peut toujours regarder les choses du bon côté

Acordei a tempo de ir a uma conferência que haveria na aula de Aménagement, juro que acordei. Mas dispus-me a dormir apenas por mais dez minutos. Bela ideia, sem programar nenhum despertador. Acordo uma hora depois, seria necessário correr muito, muito. Fico então. Sou expulso do quarto pela femme de ménage, vou tomar o pequeno-almoço para a cozinha grande. Pouco depois surge M. E. Ficamos uma hora à conversa, a partilhar problemas escolares e agregados, sobretudo ela. Soube-me tão bem ficar ali a conversar nas calmas com ela, logo agora que me sinto um pouco doente e perdido.
Saio para ter então a única aula do dia, já que Géographie de l'Ile de France é outra que já sei que não haverá desde antes das férias. O sol brilha sobre Paris, ainda. Durante a aula C. pergunta-me se conheço um jogo de cartas tarot e convida-me para jogar com eles durante a hora de almoço, para aproveitar o sol. Saídos da aula compramos sandes na cafetaria e vamos para um relvado das traseiras. Somos cinco: eu, os habituais C., N. e T. e ainda C. O jogo não é o tarot como eu o entendo. É um jogo de cartas normal, se bem que o baralho contenha algumas cartas que eu desconhecia. Foi bom, estar ali ao sol a jogar com eles. Às 14h lá foram eles para a mal-afamada Culture Gé. Dirigo-me a Championnet para devolver uns livros e requisitar outros. Apanho depois o metro para Châtelet. Compro um par de calções na rue de Rivoli, o calor a isso obriga, já que não trouxe nenhuns de Portugal. Entretanto já telefonei à minha mãe, o que foi bom, a conversa confortou-me.
Quando saio das lojas está tanto sol que uma felicidade me percorre. Vou a pé até Saint-Michel, num acesso de genuína boa-vontade passo pelo Marché aux Fleurs e compro um vaso de flores púrpura para M. E. Apetece-me alegrá-la.
Chego a casa, faço a oferta, ela mostra-se realmente agradecida - o que me enche de contentamento - e oferece-me chocolate. Damos um passeio rápido até à grande pelouse e regressamos. M. E. mostra-me algumas fotos do casamento da irmã. Depois volto para o meu quarto, já consegui trabalhar um bocado. A italiana aparece depois para me chamar para lanchar com ela e N.
Hm, sei lá, o dia está a correr-me bem, malgré tout!

mardi 6 mai 2008

Chaleur de mai

Calor. Calor em Paris. Calor.
Entretanto as demoiselles já vieram e foram embora. Entretanto já fiquei doente.
Mas está sol, calor. Na sexta-feira fui trabalhar para a grande pelouse com N. Soube-me tão bem. Ontem fui para debaixo de umas árvores próximas. Hoje encaminhava-me para o mesmo sítio, mas acabei por me ficar pelo terraço do primeiro andar no que parecia uma pequena festa de praia ou jardim, com direito a música-ambiente.
Faz calor em Paris. E o trabalho sobre a França de Vichy vai avançando lentamente. Tenho descobrido muitas coisas interessantes sobre a França de Vichy (Pétain inspirou-se em Salazar), mas o trabalho em si não avança.